O INE deve divulgar na próxima semana a evolução das contas nacionais e o indicador de tendência económica calculado pelo ISEG ainda se apresenta “a descer ligeiramente em junho, tendência que se mantém desde março e reflete alguma desaceleração da procura interna”.
Contudo, explicam os economistas da universidade, “o nível deste indicador continua a superar o nível de crescimento estimado para o primeiro trimestre, mais baixo devido ao contributo bastante negativo da procura externa líquida para esse crescimento”.
No primeiro trimestre, a economia cresceu 0,9% e 0,2% face ao trimestre anterior. No segundo trimestre,a evolução da procura externa líquida em abril e maio “apresenta-se bastante mais favorável”.
De facto, nestes dois meses, em termos nominais, apesar do decréscimo das exportações, verificou-se um ainda maior decréscimo das importações, o que resultou na melhoria da balança comercial. “A melhoria substancial deste saldo nominal, a manter-se em junho, deverá ter um impacto menos negativo sobre o crescimento real do PIB durante o segundo trimestre”, explica a nota do ISEG.
Apesar da recuperação no segundo trimestre, o ritmo de crescimento da economia está ainda aquém do que antecipava o Orçamento do Estado para 2016, que previa um crescimento de 1,8% este ano.