António Costa afirmou que o salário mínimo nacional só irá subir para os 600 euros no final da legislatura, mas destacou a vontade do Governo de aumentar as pensões, em particular as mais baixas, no Orçamento do Estado (OE) para 2017.
“Neste Orçamento do Estado para 2017, temos uma grande vontade de darmos um contributo para que, pelo menos as pensões mais baixas, possam ter um aumento. Chegaremos certamente a um valor que seja o possível, o mais próximo possível daquilo que é desejável para as famílias portuguesas e que nos permita ter não só um Orçamento do Estado para 2017 aprovado, mas também executado, cumprido e sem sobressaltos para a economia e para as finanças públicas", afirmou o primeiro-ministro aos jornalistas durante uma visita à Bienal de Artes de São Paulo, no Parque Ibirapuera.
Recorde-se que o aumento do salário mínimo para os 600 euros já no próximo Orçamento é uma das exigências do PCP e do Bloco de Esquerda. Jerónimo de Sousa fez questão de recordar o tema no discurso de encerramento da Festa do Avante!, este domingo.
Costa explicou, porém, que existe uma “trajetória” para que se consiga chegar a este valor em 2019.
O primeiro-ministro realçou ainda que existe “uma partilha em torno da estratégia e do objetivo de reposição e de recuperação dos rendimentos das famílias” – outra das exigências dos comunistas e dos bloquistas. O BE, aliás, pediu mesmo um aumento de salários e de pensões para o próximo OE no Fórum Socialista 2016.