Mário Centeno admitiu, esta quarta-feira, a possibilidade de um aumento de impostos já no próximo Orçamento do Estado.
"A forma de recuperar rendimentos é reduzir o nível de impostos diretos em Portugal. Esse balanceamento entre impostos diretos e indiretos vai continuar a existir no próximo ano", disse o ministro das Finanças, esta quarta-feira, na Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.
Afirmação que surgiu após a deputada centrista Cecília Meireles ter pedido ao governante para dizer "aquilo que os portugueses querem ouvir: que no próximo ano não há aumento de impostos, nem diretos, nem indiretos".
O governante garantiu, porém, não haverá um aumento dos impostos diretos. "O que posso dizer é que nós vamos ter em 2017 uma redução fiscal e as alterações fiscais que existirem terão o mesmo padrão de 2016", realçou ainda.
Recorde-se que no Orçamento do Estado para 2016 houve um aumento de impostos sobre os combustíveis, o tabaco ou os automóveis, isto é, um aumento indireto da carga fiscal.