Polémica com Durão Barroso “não é dignificante para a UE”, diz Passos

“Não tenciono pronunciar-me mais sobre essa matéria, acho que não é dignificante sequer para a União Europeia a forma como esta matéria tem vindo a ser tratada”

Polémica com Durão Barroso “não é dignificante para a UE”, diz Passos

Pedro Passos Coelho referiu-se à polémica em torno de Durão Barroso como “um folhetim” e diz que é um assunto que não dignifica a Europa.

“Acho que este folhetim, porque é um folhetim de que se trata, já está a ir longe de mais. Não tenciono pronunciar-me mais sobre essa matéria, acho que não é dignificante sequer para a União Europeia a forma como esta matéria tem vindo a ser tratada”, afirmou o líder do PSD, após a reunião de preparação para a cimeira de Bratislava, que se realiza esta sexta-feira.

O social-democrata realçou, porém, que este tema não foi debatido durante o encontro com o primeiro-ministro. Escusou-se também de fazer comentários sobre o Orçamento do Estado para 2017, tal como já o tinha feito ontem no discurso de encerramento das jornadas parlamentares do PSD.

Quanto à questão da possibilidade de um segundo resgate a Portugal, na sequência das declarações de Mário Centeno esta segunda-feira, Passos Coelho considerou que ninguém tem interesse em levantar essa hipótese. “Não vejo que interesse a alguém na política portuguesa, muito menos a quem já desempenhou lugares de responsabilidade como eu, que essas hipóteses sequer possam ser consideradas portanto é matéria para a qual não quero mesmo contribuir”.

Esta manhã, Costa aconselhou a “quem anda à procura de querer encontrar o Diabo” – numa alusão a uma frase de Pedro Passos Coelho – a ir “à caça de pokémons”. Relativamente a estas declarações, o social-democrata não quis fazer comentários. “Não conhecia essas declarações, mas nem vale a pena pronunciar-me. Elas falam por si”.

Passos Coelho referiu-se ainda à questão do Brexit, afirmando que a saída do Reino Unido da Europa deve ser feita de uma maneira “amigável”. “Interessa o mais possível que o processo não seja guiado com a preocupação de castigar o Reino Unido pela sua decisão”.