Há descoordenação entre PJ, GNR e ministério da Justiça?

Caso do homicida de Aguiar da Beira tem levantado dúvidas

A ministra da Justiça, o diretor nacional da Polícia Judiciária e o comandante operacional da GNR negaram nesta quinta-feira que haja descoordenação das forças envolvidas na operação para capturar o homicida de Aguiar da Beira.

“Não há nenhum problema de descoordenação no que diz respeito a essa operação”, disse a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.

A mesma  garantia foi subscrita pelo diretor nacional da PJ, Almeida Rodrigues, pelo Comandante Operacional da GNR, Rui Moura, e pela secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, que sublinhou terem sido acionados, desde o início deste caso, “mecanismos de articulação e cooperação”.

“Essa articulação é real, concreta e diária”, assegurou Helena Fazenda, a propósito da operação para localizar e deter o suspeito e fugitivo Pedro Dias.

Antes, a ministra da Justiça disse que os portugueses "confiam" nas "polícias que têm" e sublinhou a "grande delicadeza" da operação em curso, tanto mais que já se perderam vidas humanas.

"Infelizmente isto não é o ‘reality show’, nem pode ser tratado como tal", contrapôs Francisca Van Dunem, dizendo ser preciso dar "espaço para que as polícias trabalhem", sem que se estejam a "criar fatores laterais" ou "ideias de que há problemas de coordenação".

A ministra manifestou a "inteira confiança" do Governo "na capacidade e na efetiva articulação que existe" entre quem tem a responsabilidade da investigação e as forças de segurança. Disse ainda que a coordenação está a ser feita a vários níveis, envolvendo a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna.