"Afinal, há sempre uma alternativa!", afirmou o ministro, que continua a negar que a solução encontrada para ter conseguido em 2016 aquele que será o défice " mais baixo da história democrática portuguesa" tenha passado por cativações de despesa.
"A execução orçamental de 2016 não cativa despesas na educação nem na saúde", reafirmou Centeno, que promete baixar ainda mais o défice e a dívida, graças a um crescimento económico que acredita estar a recuperar depois da quebra em 2015 e cujos efeitos assegura estarem já a fazer-se sentir na subida das exportações e na queda do desemprego.
"Não se observava desde 2011 a conjugação destes três fatores: diminuição do desemprego, aumento do emprego e mais produção ativa", disse o ministro de António Costa, que usou os dados ontem divulgados pelo INE para mostrar não só o "acréscimo de 90 mil empregos no último ano" para demonstrar que a política de reposição de rendimentos não está a ser feita apenas para os funcionários públicos que viram o fim dos cortes nos seus vencimentos.
"Este é o verdadeiro aumento do rendimento para os trabalhadores portugueses. Felizmente, para cada vez mais portugueses que conseguem um emprego", frisou, depois de lembrar os dados do INE que mostram que o salário médio está a crescer "acima de 1%".
Mas Mário Centeno não esqueceu o aumento extraordinário de 10 euros que vai beneficiar 1,5 milhões de pensionistas, lançando uma farpa ao governo PSD/CDS: "Foi isto que escolhemos: melhorar a vida a quem o anterior governo fez pagar a crise após uma vida de trabalho".
Tudo isto, assegura o ministro, conseguindo manter o rigor das contas públicas. "Após o défice de 2,4% em 2016, que será o valor mais baixo da história democrática portuguesa, voltaremos a baixar o défice em 2017 para 1,6%, Ao mesmo tempo, reduziremos a dívida pública para 128,3% do PIB", prometeu.
"Mas é importante referir que este exercício não é sinónimo de cortes cegos", frisou Mário Centeno enunciando os investimentos planeados na Educação, na Saúde e em áreas sociais.
Para Centeno, este é "um Orçamento justo e equilibrado que cumpre o programa do Governo e os compromissos internacionais" e que vai conseguir fazer com que "o país cresça de forma inclusiva".