António Domingues, presidente demissionário do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos "sentiu se ofendido" com a aprovação de uma lei por parte de CDS, PSD e Bloco de Esquerda.
A lei, votada quinta-feira na Assembleia da República, obriga os gestores do banco público a apresentarem as declarações de rendimentos mesmo que o Tribunal Constitucional garantisse a sua confidencialidade, algo que não era garantido, e Domingues terá encarado a lei como diretamente contra a sua pessoa.
Neste sentido, Luís Marques Mendes deu a entender no seu comentário semanal na SIC Notícias que a união dos partidos da oposição com o Bloco de Esquerda foi responsável pela demissão de António Domingues – o desfecho final de uma administração da Caixa recheada de polémicas.
O Semanário SOL deste fim-de-semana já noticiava que dois dos administradores mais reputados do grupo de banqueiros convidados por Domingues se encontravam de saída, independentemente da confidencialidade das declarações de rendimentos.
O SOL avançava também um facto assumido hoje pelo Ministério das Finanças e por Marques Mendes: a recapitalização, afirma fonte de Bruxelas, não se encontra neste momento em risco.