Esquerda acusa Governo e Costa de se encostarem à direita

BE, PCP E PEV contestam cedências aos patrões no acordo para o aumento de salário mínimo e prometem manter a pressão sobre o Governo. 

Não há ainda um terramoto, mas há um movimento de placas tectónicas que se deslocam e afastam Costa da base de apoio ao seu Governo. A esquerda não está contente com as cedências aos patrões no acordo de concertação social e vai manter alta a pressão política sobre o Governo. Pressões públicas, mobilização nas ruas e tomadas de posição no Parlamento são as armas de BE, PCP e PEV contra o que consideram ser uma opção errada que comprova que este não é um Governo de esquerda.

«Ao escolher a companhia da direita e de Marcelo, António Costa afasta-se da base política que sustenta o seu governo», constata o dirigente bloquista Jorge Costa, num artigo no Esquerda.net, no qual defende que «as pressões europeias, patronais e presidenciais vergaram o Governo».

Rita Rato, deputada do PCP, também não tem dúvidas de que a posição do Executivo traduz uma opção política. «Este não é um Governo de esquerda», comenta ao SOL a deputada comunista, que vê o PS «cada vez mais num jogo de saia justa entre os compromissos políticos à esquerda e as chantagens dos patrões e da União Europeia».

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