O jovem socialista Diogo Leão, da distrital de Lisboa, dedicou poesia ao falecido Mário Soares, ex-presidente da República e fundador do PS.
Leão deixou um poema na sua página pessoal, com o título "Quadras ao Camarada Soares":
Resistente ao ditador, opositor às ditaduras,
Pai da Democracia, que quis sem guia e sem dívidas ao Criador, por amor à Liberdade,
Fiel à realidade mas atento às conjunturas,
Por absoluta lealdade à consciência da palavra dita, orador apaixonado, não prescindiu da escrita do primado da Lei, de que foi co-autor, nem da crítica frontal: dê-se valor à coerência, pois afinal,
Nunca conheceu a fuga dos combates políticos, sem temer, porque da dignidade dos homens – e dos adversários sempre os quis grandes – levantados, nunca raquíticos, nunca curvados ao Poder,
Enquanto espírito inconformado, cultivou a personalidade e os mesteres, foi arauto da vida e dos bons prazeres, e do futuro, aberto às visões da modernidade, trilhou sabendo que rumo seguir,
Sem transgredir a coerência, sem falsa humildade,
Antes torcer que quebrar, sem nunca subtrair,
Estabeleceu nova Trindade, com a República, o Socialismo e a Laicidade a servir como Verdade,
Soares será sempre fixe e o resto… que se lixe,
Porque nunca desaparece quem de forma tão vincada, assumiu com o Povo e a Pátria o sonho,
De Abril legado, de nova e renovada alvorada.