Pedro Passos Coelho acusou António Costa de falhar os objetivos a que se propunha, por ter cumprido o défice de 2016 sem alcançar o crescimento a que se propunha, com juros elevados na dívida e graças ao programa extraordinário de regularização de dívidas ao Fisco e à Segurança Social. Mas António Costa não aceita as críticas, lembrando que conseguiu "o défice mais baixo da democracia".
"Por uma vez tem razão. Não fiz milagres. Fiz uma coisa simples: governar. E governar com um resultado diferente do seu. Onde o senhor deputado falhou, nós cumprimos", respondeu António Costa a Passos Coelho, acusando-o de "em quatro anos e oito orçamentos retificativos" nunca ter alcançado os objetivos pretendidos.
"Temos o défice mais baixo da democracia", frisou Costa, que ironizou.
"O senhor deputado ainda se deve interrogar como", atacou o primeiro-ministro, recordando que em ,março de 2016 Passos dizia que "se pudéssemos todos, sem dinheiro, devolver salários, pensões e impostos, isso seria fantástico".
Costa lembrou também as "declarações interessantes" da ministra das Finanças de Passos, "que com uma impagável arrogância intelectual garantia que era aritemeticamente impossível" alcançar o défice que Costa conseguiu em 2016 com as políticas que seguiu.
"A sua intervenção só tem um título: é o discurso do mau perder", lançou o primeiro-ministro, que respondeu aos apartes inflamados da bancada do PSD com sarcasmo."Os senhores unem-se no mau perder", disse.