"Não será uma decisão ilegítima, pelo contrário, nem sequer dramática", assegurou o líder parlamentar do PS, garantindo que o Governo encontrará outras medidas que substituam este apoio às empresas.
"Não vigorando esta medida da TSU, outras certamente vigorarão, no contexto do mesmo ou de um novo acordo, apoiando as empresas e as instituições de solidariedade social", anunciou o socialista, que não poupa críticas à tática escolhida pelo PSD, mas que assegura que ela não terá consequências no apoio ao Governo pela maioria de esquerda.
"Todos sabemos que partilham com o Governo o objetivo principal", disse César de BE, PCP e PEV, recordando que isso mesmo ficou demonstrado na aprovação de dois Orçamentos do Estado.
"É com isso que a direita vai ter de continuar a contar ao longo desta legislatura", avisou Carlos César, que lançou duras críticas à oposição liderada por Pedro Passos Coelho.
"O que é perturbador para a credibilidade política e dos partidos é quem faz agora o que nunca alguém pensaria que pudesse fazer, negando o que já fez e o que a sua condição determina que devia fazer, como é o caso do PSD", defendeu César, que acha que "a irresponsabilidade não está nos que firmaram o acordo, a irresponsabilidade está nos que traíram a sua própria história: no PSD!".
Por isso, avisa, os portugueses deixam de ser saber com o que podem contar por parte do maior partido da oposição.
"Não pensem os portugueses que o PSD votará porque concorda ou discorda de uma determinada medida ou porque pensa ou sempre pensou de uma determinada maneira. Com impressionante franqueza, mas com enorme fraqueza moral, já o indiciou: votará sempre da forma que puder prejudicar o Governo e mais não fará nem pensará noutra coisa", vincou Carlos César, com uma provocação.
"Por este andar, chegará certamente o dia em que o PSD, tomado por essa monomania obsessiva acabará por votar a favor da saída da NATO, da saída do euro e por aí fora… só para prejudicar o Governo do PS e a esquerda", lançou o líder da bancada do PS.