Mal tinha acabado o debate no Parlamento e já os parceiros sociais reuniam em São Bento. O encontro foi marcado por António Costa que quis explicar pessoalmente a patrões e sindicatos o passo seguinte depois de a Assembleia da República ter inviabilizado o acordo de concertação social.
O plano, explicou Costa, será o de ajudar as empresas reduzindo ou acabando mesmo com o pagamento especial por conta – uma velha reinvindicação do PCP.
O primeiro-ministro não avançou pormenores sobre os termos em que será desenhada esta medida ou se fará parte de um pacote mais amplo de apoio às empresas. Mas deu duas garantias: não será assinado um novo acordo de concertação social e qualquer medida que venha a ser acordada com o apoio dos parceiros à esquerda não será nem uma contrapartida direta pelo aumento do salário mínimo nacional nem um plano B para a TSU.
"Não haverá nenhum novo acordo de concertação social, não é uma medida para substituir a TSU, não é um medida de compensação pelo aumento do salário mínimo nacional", garante Arménio Carlos ao i ter ouvido da boca do primeiro-ministro na reunião desta tarde em São Bento.
Para já, a CGTP não se compromete com uma proposta cujos contornos não conhece, mas deixou claro a Costa que, ainda que não tenha assinado o acordo de concertação social, não quer ficar de fora desta negociação.
Arménio Carlos promete, por isso, um comentário "quando a proposta for mais clara".
Uma coisa é certa: BE, PCP e PEV veem com bons olhos a redução ou eliminação do pagamento especial por conta e do lado dos patrões não há objeção a uma medida que ajudará a aliviar as empresas.