Estão praticamente concluídas as negociações entre Marco Almeida, PSD e CDS para um acordo de coligação para a Câmara de Sintra. A saída de cena de António Capucho, avançada pelo “SOL”, ajudou a desbloquear as conversas e já é dado como certo que será o centrista José Ribeiro e Castro a encabeçar a lista à assembleia municipal.
Pelo caminho deve ficar o nome de António Rodrigues, que a concelhia social-democrata tinha escolhido por unanimidade como cabeça-de-lista à Assembleia Municipal de Sintra. Também sem efeito deve ficar a posição da concelhia centrista contra um acordo de coligação com o PSD. Miguel Pinto Luz e João Gonçalves Pereira resolveram chamar a si o processo, avançando em negociações que acreditam ser importantes para conseguir conquistar a Câmara de Sintra ao PS e a Basílio Horta.
A decisão não se faz, porém, sem riscos. “O ambiente está péssimo”, nota uma fonte da concelhia sintrense do PSD, que dá sinal do descontentamento pela forma como foi gerido pela distrital todo o processo de apoio ao independente Marco Almeida e de coligação com o CDS. Depois de se conhecer a versão final das listas, o mal-estar pode ser ainda maior, porque no PSD há quem tema que dar um lugar elegível ao CDS se faça com o sacrifício de um eleito social-democrata.
Depois de Passos Coelho ter deixado claro o incómodo com o nome de António Capucho, na última reunião da comissão permanente do PSD, o ex-militante expulso acabou por ceder o lugar na lista a Ribeiro e Castro. Mas o i sabe que Marco Almeida está a tentar encontrar outro papel para Capucho, mesmo que evitando que este venha a cruzar-se em alguma ação de campanha com Passos.