"Hoje na oposição sou o primeiro interessado em que se apure tudo o que se passou", garantiu o líder do PSD, durante o debate quinzenal com o primeiro ministro, explicando que "é preciso saber por que é que um despacho do anterior secretário de Estado não foi cumprido pela Autoridade Tributária e não foram publicados os dados estatísticos" sobre as transferências para paraísos fiscais.
Falando sobre um caso que ocorreu quando era primeiro-ministro, Passos Coelho defendeu que há respostas que é preciso dar sobre esta saída de capitais.
Passos quer saber "quando é que o Governo tomou conhecimento dessas matérias e em que circunstâncias" e, caso não tenha havido tratamento fiscal, "que razões apresenta a Autoridade Tributária para não se ter feito esse tratamento".
"Ouviremos aqui os responsáveis", garantiu Passos Coelho, prometendo levar "até às últimas consequências o apuramento dessa situação".
"Faremos hoje na oposição exatamente o contrário daquilo que os senhores estão a fazer em relação à CGD, onde existe uma ocultação e até uma violação das regras mais básicas da transparência", acusou o líder social-democrata.
"A mim não me causa nenhuma incomodidade o que se possa ter passado durante o período em que exerci as funções que o senhor exerce hoje", lançou a Costa.