PSD diz que Ferro é conivente com “baixa política”

Está a subir de tom a guerra entre a direita e o presidente da Assembleia da República. Luís Marques Guedes diz que está em curso um “atropelo ao regular funcionamento da Assembleia da República” e diz que esse atropelo conta com “a conivência ativa” de Eduardo Ferro Rodrigues.

Marques Guedes diz que há "conivência ativa do presidente da Assembleia da República" com os "episódios de baixa política, tiques de autoritarismo e totalitarismo" que a maioria de esquerda tem protagonizado na comissão de inquérito à CGD.

"A maioria ensaia agora a imposição de um clima de asfixia parlamentar, em que os elementares deveres constitucionais, da fiscalização dos atos do Governo, e até ao último reduto de direitos da oposição".

Marques Guedes, que falava durante o plenário desta tarde no Parlamento, acusou mesmo PS, BE e PCP de se unirem para que sejam "bloqueados e vilipendiados" os direitos da oposição, como aconteceu na comissão de inquérito à CGD onde a maioria de esquerda chumbou os requerimentos do PSD e do CDS para saber se existiam sms trocados entre Mário Centeno e António Domingues e para aceder a essas mensagens.

"Quem assim age quer reduzir o Parlamento a uma câmara de branqueamento dos erros e de encobrimento das responsabilidades na ação governativa", lançou o deputado do PSD, que acusa a esquerda de querer "asfixiar a função de fiscalização do Governo".

"Saibam que não nos resignamos nem pactuaremos com essa asfixia", assegurou, que acha que a atitude da esquerda asfixia "a própria razão de ser do Parlamento".