Passos assina voto contra Dijsselbloem

O PSD entregou esta tarde no Parlamento um voto de condenação pelas declarações proferidas pelo presidente do Eurogrupo. Pedro Passos Coelho encabeça o grupo de deputados que subscrevem o texto.

Os sociais-democratas consideram que o ministro das Finanças holandês deixou de ter condições para continuar à frente do Eurogrupo depois de ter dito que os países do sul gastam todo o dinheiro em copos e mulheres.

No texto a que o i teve acesso, os deputados consideram que as declarações do socialista holandês a um jornal alemão são "incompatíveis com a permanência de Jeroen Dijsselbloem no cargo que ocupa no seio do Eurogrupo".

"O atual Ministro das Finanças do governo holandês, e que atualmente preside ao Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem proferiu declarações que na sua forma e no seu conteúdo são insultuosas e inaceitáveis para Portugal", lê-se no voto de condenação que classifica o que disse o socialista como "graçolas de mau-gosto que atentam contra a dignidade dos Europeus e do próprio cargo que o Presidente do Eurogrupo ainda exerce".

"No conteúdo, as declarações são desapropriadas e insultuosas por amesquinhar o esforço feito pelos Portugueses, e por outros povos que tiveram de atravessar processos de ajustamento, com grande sacrifício e dignidade", defendem os sociais-democratas que acham ainda mais grave que Dijsselbloem se tenha recusado a pedir desculpa pelo que disse.

"Além disso, depois da publicação das suas declarações, o Presidente do Eurogrupo, tendo oportunidade de as lamentar ou clarificar, acabou por reiterá-las, frisa o PSD.

O texto é assinado por Pedro Passos Coelho, Luís Montenegro, Miguel Morgado, Amadeu Albergaria, Adão Silva, António Leitão Amaro, Berta Cabral, Carlos Abreu Amorim, Hugo Soares, Luís Leite Ramos, Miguel Santos, Nuno Serra, Sérgio Azevedo e Duarte Marques.