"Não deixa de ter uma pontinha de ironia que seja o ministro dos Negócios Estrangeiros que se referia à concertação social como uma feira de gado que tenha chamado a atenção do presidente do Eurogrupo", notou Passos Coelho no discurso de arranque do Conselho Nacional do PSD esta quinta-feira à noite em Lisboa.
Apesar da farpa a Santos Silva, Passos não deixou de aplaudir a forma como o Governo de António Costa reagiu às declarações que classificou como "absurdas" de Dijsselbloem.
"Mas congratulo-me por o Governo português não ter deixado passar em branco esta atitude do presidente do Eurogrupo", afirmou o líder social-democrata.
D resto, Passos considera que o que o ministro das Finanças holandês fez foi "caricatura, de resto de mau gosto", apresentando um estereótipo dos países do sul que "é um absurdo".
Foi a primeira que Pedro Passos Coelho veio a público condenar as declarações de Dijsselbloem que há dois dias estão no centro de uma intensa polémica.
Apesar disso, Passos foi o primeiro subscritor do voto de condenação das afirmações do socialista holandês entregue ontem pelo PSD e que será votado esta sexta-feira na Assembleia da República.