Distrital do CDS garante “paz total” em Sintra

Tem sido atribulado o processo de apoio à candidatura do independente Marco Almeida em Sintra, que levou mesmo à demissão do presidente da concelhia do CDS. Mas a distrital quer dar um sinal de “paz total” no segundo maior concelho do país.

Sem concelhia eleita – as eleições só se farão após as autárquicas -, restam os núcleos do CDS de Sintra. E são os presidentes dos seis núcleos que assinam um comunicado conjunto garantindo apoio total a Marco Almeida.

Depois de ontem o líder da distrital de Lisboa, João Gonçalves Pereira, garantir ao i que se vive "paz total" no CDS em Sintra, hoje os presidentes dos seis núcleos assinam um comunicado conjunto precisamente com esse título de "paz total no CDS".

"Os militantes do CDS de Sintra estão totalmente concentrados num objetivo: a vitória nas próximas eleições autárquicas pelas listas que o CDS integra e apoia a 100 por cento", lê-se no comunicado que surge como resposta às críticas veiculadas por militantes da concelhia ao i.

Apesar de militantes do CDS em Sintra garantirem ao i que não farão campanha por Marco Almeida, os líderes dos núcleos do concelho asseguram que as divisões internas estão ultrapassadas.

"Está já totalmente ultrapassado um período de dificuldades internas, sendo presentemente a direção política do partido assegurada pela estrutura distrital, nos termos dos Estatutos, em articulação com os núcleos e militantes do CDS Sintra, no melhor clima de diálogo de trabalho que decorre desde que caiu a Concelhia", lê-se no comunicado.

"Para a boa e rápida superação dos diferendos ocorridos, contribuíram quer as reuniões abertas realizadas entre os militantes e a direção distrital e nacional do partido, nomeadamente com a presença da Presidente Assunção Cristas, quer a determinação dos militantes e dirigentes de não servirem, fosse direta, fosse indiretamente, aos objetivos políticos eleitorais do PS e dos seus servidores", explicam, distanciando-se das vozes críticas em relação ao independente que em 2013 a direção de Paulo Portas não quis apoiar por ser um dissidente do PSD, apesar de haver na concelhia essa vontade.

"Os núcleos sempre encararam como positiva a presença da Presidente do Partido no concelho de Sintra e esperam contar sempre com o seu apoio", afiançam os presidentes dos núcleos que só querem olhar para o futuro para garantir o melhor resultado ao candidato que apoiam em conjunto com o PSD.

"Os militantes do CDS de Sintra não têm a mais pequena dúvida sobre os objetivos a cumprir", declaram.

 

Distrital dura com críticos

"As declarações que vi em off servem apenas agendas privadas e a agenda do PS. E desrespeitam as estruturas do partido e os seus militantes", ataca ao i o líder da distrital de Lisboa João Gonçalves Pereira.

De resto, as declarações de Gonçalves Pereira vão na mesma linha das do cabeça de lista do CDS José Ribeiro e Castro, que já ontem assegurava ao i que quem critica Marco Almeida está a servir o PS, que está no poder em Sintra.

"O CDS não será muleta do PS em Sintra", afiança Ribeiro e Castro.