A notícia está a ser avançada pelo Expresso, que conta que Mark Rutte tentou defender o seu ainda ministro das Finanças, telefonando a António Costa para lhe expressar desagrado com a forma dura com que o primeiro-ministro português reagiu às palavras de Dijsselbloem.
Costa considerou publicamente que as declarações de Dijsselbloem foram "sexistas, racistas e xenófobas" e que o holandês não tinha outro caminho se não pedir a demissão da presidência do Eurogrupo.
A reação foi considerada excessiva por Rutte, que tentou persuadir Costa a recuar nesta exigência de demissão do presidente do Eurogrupo.
O Expresso escreve, contudo, que António Costa não recuou um milímetro perante a pressão do primeiro-ministro holandês.
Para António Costa, continua a ser claro que Dijsselbloem não tem condições para exercer o cargo que ainda ocupa apesar da forte derrota eleitoral que sofreu e que deverá ditar o seu afastamento do Ministério das Finanças holandês.
De resto, Costa não está sozinho nesta condenação. Ainda hoje um grupo de eurodeputados do PPE redigiu uma carta exigindo um pedido formal de desculpas e a demissão do holandês e o presidente dos socialistas no Parlamento Europeu, o italiano Gianni Pittela voltou a condenar a atitude de Dijsselbloem e a dizer que ele terá mesmo de resignar.