O socialista António Vitorino acredita que António Costa abriu a porta à continuação da geringonça, mesmo que o PS vença as eleições com maioria absoluta, para “acalmar os parceiros”.
O ex-ministro do PS, no comentário que faz semanalmente na SIC-Notícias, considera que o Bloco de Esquerda e o PCP “perceberam que o destino da declaração era acalmá-los” e não reagiram com muito entusiasmo ao desafio lançado pelo líder dos socialistas.
António Costa afirmou, em entrevista à Rádio Renascença, que seria “útil” renovar o acordo, mesmo no caso de o PS ter maioria absoluta.
A reacção do Bloco e do PCP foi cautelosa e nenhum dos partidos quer assumir, para já, um compromisso no sentido de renovar o acordo na próxima legislatura.
Catarina Martins defendeu hoje, em declarações à agência Lusa, que "o país ganha com a clareza sobre a diferença dos projectos políticos e das alternativas presentes em cada momento". A deputada garante que é o BE é "diferente do PS” e tem “propostas diferentes”.
Jerónimo de Sousa apelou a que “ninguém faça contas apressadas”. O secretário-geral do PCP reafirmou que o PCP mantém “o seu posicionamento crítico em relação a questões centrais”.