Sérgio Azevedo, líder da bancada parlamentar do PSD na Assembleia Municipal, não gostou de saber pelo Expresso que os monárquicos decidiram não concorrer em Lisboa em coligação com os sociais-democratas por causa das posições assumidas por Teresa Leal Coelho em temas fraturantes como a coadoção por casais homossexuais.
“Eu, que também votei no parlamento ao lado de Teresa Leal Coelho nesta e noutras tantas matérias que, na minha opinião, promovem a igualdade de direitos, liberdades e garantias irrenunciáveis e indisponíveis, agradeço a todos aqueles que partilham a visão de uma sociedade multicultural, integradora de pessoas e de direitos e promotora de liberdades. Uma sociedade de todos e para todos independentemente de crenças, raças, ideologias e opções”, escreve Sérgio Azevedo na sua página de Facebook.
Azevedo aproveita mesmo para lançar uma farpa ao fadista Gonçalo da Câmara Pereira.
“Tal qual como é, e nalguns aspetos deveria ser mais ainda, Lisboa. Onde todos têm espaço. Até mesmo o malogrado fadista lider do PPM”, comenta o social-democrata em reação às palavras de Câmara Pereira ao Expresso.
As razões do PPM e do MPT
““Historicamente estivemos com o PSD quando achámos que os seus candidatos eram os melhores. Mas desta vez achamos que a candidatura da dra. Assunção Cristas é mais credível e mais próxima da nossa ideologia”, defendeu Gonçalo da Câmara Pereira, que assume que “algumas posições assumidas no Parlamento pela dra. Teresa Leal Coelho não foram bem vistas” no seu partido.
Já o líder do MPT, José Inácio, diz ao Expresso que o seu partido optou por não renovar o acordo com o PSD por se rever mais no projeto do CDS para Lisboa.
“Fomos contactados pelo PSD e pelo CDS, ponderámos as duas propostas e entendemos que a de Assunção Cristas, pelos seus princípios humanistas, é muito mais próxima daquilo que nos é caro”, afirma José Inácio.
Nas últimas eleições autárquicas, o PSD já só tinha coligação com o MPT e não com o PPM.
João Gonçalves Pereira partilha na sua página do Facebook o artigo do Expresso com o comentário “somar apoios”.