Teresa Leal Coelho permanece uma personalidade política de agenda preenchida. Esta semana, parte para os Estados Unidos da América, rumo a uma conferência organizada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Mundial sob o tema ‘Parlamentos Globais’. Será em Washington, D.C..
A candidata do PSD à Câmara Municipal de Lisboa foi convidada, mais especificamente, para o painel sobre instituições e parlamentos inclusivos, sendo ela deputada à Assembleia da República e presidente de comissão parlamentar. Nas diversidades temáticas do evento incluí-se a diversidade social, a relação entre o desenvolvimento económico e a sustentabilidade financeira e a importância da estabilidade. Foram também convidados representantes de mais de uma centena de parlamentos, assim como emissários de bancos de desenvolvimento regional, da sociedade civil e de instituições financeiras.
Coincidentemente, o FMI trata-se do membro da troika que resgatou Portugal que o Partido Social Democrata mais criticou depois do período de assistência financeira. «Hipocrisia institucional» foi um termo utilizado nas críticas que tendem, por outro lado, a poupar a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu.
O Banco Mundial, o outro anfitrião do evento, foi o destino de Kristalina Georgieva depois da búlgara falhar a ultrapassagem da candidatura de António Guterres à liderança da ONU no ano passado. Georgieva, ao que o SOL apurou, chegou a fundar um clube de danças de salão entre os seus colegas do Banco Mundial.
Se a agenda da vice-presidente do PSD continua agitada e internacional – Leal Coelho é, afinal, a embaixatriz portuguesa em Madrid – não poderá dizer-se que a candidatura a Lisboa esteja a ser descartada.
Depois de ter sido alvo de densas críticas devido à pouca assiduidade enquanto vereadora no município da capital, Teresa Leal Coelho tem mantido contacto regular com o coordenador do programa local, José Eduardo Martins, de modo a moldar o primeiro draft das propostas que os laranjas vão apresentar aos lisboetas até 1 de outubro, dia da ida às urnas das eleições autárquicas.
Na semana passada, Leal Coelho marcou presença na reunião descentralizada da Câmara, marcada para a primeira quarta-feira de cada mês, que recebe alternamente as juntas de freguesia e pretende ouvir preocupações dos munícipes.
A nível de listas, direção de campanha e mandatário, a candidata tem sondado personalidades, maioritariamente de cariz independente. Neste momento, aliás, o único militante com certeza de pertença (e vontade) aos primeiros cinco lugares para a vereação é o já incumbente António Prôa. A restante estrutura aguarda por mais desenvolvimentos.
Menos tranquila vai a relação com a concelhia local, do PSD/Lisboa. Teresa Leal Coelho continua a não abrir a porta da sua candidatura a Mauro Xavier, em particular depois deste assumir a sua distância à direção de Passos. A candidata prefere falar – e tudo indica que assim prossiga – com José Eduardo Martins, cujo empenho e colaboração têm agradado à sede nacional do partido.