Mais de 700 candidatos do PSD às eleições autárquicas de 1 de outubro vão aprovar e entregar este sábado ao presidente do partido, Pedro Passos Coelho, um documento dividido em sete pontos – Carta de Compromissos – que se assume como «um vínculo e uma orientação» para os futuros autarcas
O documento será entregue a Passos Coelho durante os trabalhos da Convenção Autárquica nacional do PSD, marcada para este sábado no Forúm da Maia.
No ponto número um do documento, os candidatos comprometem-se, uma vez eleitos, «a servir», valorizando o conceito de que o «cidadão é o princípio e o fim da ação política».
Os futuros autarcas obrigam-se ainda a ser «enérgicos no governo» e a não serem «força de bloqueio na oposição».
No ponto dois, os candidatos comprometem-se com «a transparência» para garantir «o bom-governo», pautando a ação no «respeito pela lei, pela ética e pela moral nos assuntos públicos».
«Os candidatos do PSD, porque defendem o Estado Social, assentarão o bom governo na crescente modernização e exigência sobre os serviços públicos», indica o documento.
Vão estar ainda focados em criar «uma rede de proteção através da qual nenhum cidadão é deixado para trás», promovendo a «igualdade de oportunidades», determina o ponto três.
O quarto compromisso passa pela inovação, através de um combate aos «problemas do presente», mas antecipando «os desafios do futuro». Os autarcas eleitos em outubro pelo PSD assumem que vão trabalhar para colocar a tecnologia «ao serviço das pessoas, da qualidade de vida e da competitividade territorial».
Para os candidatos, os autarcas social-democratas eleitos «têm de ser guardiões da sustentabilidade ambiental, do rigor financeiro e da coesão social».
É-lhes exigido, no ponto cinco, que não olhem para «a sustentabilidade como uma moda mas como um desígnio» e para respeitarem «sempre o contrato entre gerações».
O sexto compromisso foca-se na «reforma do sistema democrático» e no reforço do «papel da sociedade civil».
Por isso, uma vez eleitos, vão trabalhar «para ultrapassar a crise do sistema representativo» e para instalar «práticas mais eficazes de escrutínio e envolvimento dos cidadãos no processo decisório».
Por último, os eleitos do PSD vão bater-se pelas liberdades, a partir do conceito «a liberdade funciona, sempre», uma vez que «acreditam na liberdade como traço definidor da autarquia».
Ao longo da convenção são esperadas cerca de 60 intervenções. A abertura está a cargo de António Silva Trigo (PSD da Maia), Carlos carreiras, coordenador autárquico nacional e José Matos Rosa, secretário-geral do PSD. O encerramento será feito por Pedro Passos Coelho.
Aliás, o líder do PSD tem e terá uma agenda autárquica “muito carregada” até às eleições”. Entre janeiro e maio passou por autarquias como Arouca, Esposende, Azambuja, Ourém, Guarda, Porto, Sabrosa, Vagos, Castelo Branco, Almada, Évora, Lisboa e Maia e em junho e julho tem previstas passagens por concelhos como Oliveira do Bairro, Viana do Castelo, Viseu, Portalegre, Santarém, Vila Real, Oeiras, Bragança, Valença, Ansião, Sertã e Feira.