O general norte-americano estacionado na Coreia do Sul afirmou esta quarta-feira que a única coisa que separa os Estados Unidos de uma guerra com o Norte é a “contenção” de Washington, respondendo com um alerta invulgarmente duro ao teste do primeiro míssil intercontinental de Pyongyang.
“A contenção própria, que é uma escolha, é tudo o que separa o armistício da guerra”, disse Vincent K. Brooks, o comandante das tropas americanas na península, no dia em que, depois de alguma hesitação, o Pentágono admitiu que o engenho que a Coreia do Norte testou na terça é, de facto, um míssil intercontinental.
Os Estados Unidos e Seul responderam ao teste norte-amreicano com uma demonstração própria de força, num exercício de disparo de vários mísseis de médio-alcance para o Mar do Japão. “Como a aliança demonstra com este disparo real de mísseis, podemos mudar de opções assim que recebermos ordens para isso”, disse Brooks.
Não se conhece o caminho que Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão podem escolher para responder ao avanço tecnológico de Pyongyang, que há anos tentava desenvolver a tecnologia para um míssil de longo alcance capaz de atingir o território americano. A Coreia do Norte, no entanto, ainda estará a pelo menos uma década de ser capaz de introduzir uma ogiva nuclear num engenho desta natureza.
Washington avisou esta quarta-feira que empresas e indivíduos que colaborem com o regime estão em risco de serem punidas e estarão a ajudar “um regime muito perigoso”. Uma resposta mais severa pode ser desenhada no encontro dos G20 desta semana, em Hamburgo, onde os líderes americano, russo e chinês podem negociar novas medidas.