As eleições autárquicas de 1 de outubro aproximam-se e vários candidatos por todo o país têm ido para além das críticas, entrando, por vezes, no campo das acusações. Um dos casos mais recentes envolveu a candidata socialista Gabriela Canavilhas e o atual presidente e recandidato à Câmara de Cascais, Carlos Carreiras.
Numa entrevista ontem publicada pelo Jornal Económico, Carreira respondeu às acusações de Canavilhas de que a autarquia era gerida com base numa «rede intrincada de interesses económicos e de dependências subsidiadas», afirmando que a candidata «não gosta de explicações, prefere as insinuações» e que «vai ter de as provar em tribunal», numa possível referência a um processo judicial no futuro. Carreiras lamentou ainda «que a candidata do PS confunda Cascais com a Cova da Beira».
Questionado sobre as investigações da Polícia Judiciária ao Plano Diretor Municipal de Cascais, Carreiras respondeu que «esse é mais um caso clássico dos casos inventados pela oposição». E de seguida passou a explicar: «ao longo dos anos do mandato houve dezenas de buscas da PJ à Câmara porque essas buscas são feitas com base em denúncias anónimas».
Carreira aponta as responsabilidades para a governação socialista, por terem libertado o «terreno para construção, dando-lhe uma capacidade de edificação de mais de 207 mil m2» em 1997. Carreiras defendeu ainda que com ele na presidência o PDM de 2015 desceu «ainda mais para um total de 118 mil m2»