No dia 1 de outubro de 2017, Pedro Passos Coelho não ia voltar atrás na sua recandidatura a líder do PSD. Passos e a sua direção de partido vinham, desde o congresso que o reelegeu líder depois das últimas legislativas, a insistir que o resultado autárquico não teria consequências diretas para a liderança. Passos reafirmou-o mais do que uma vez e foi com esse espírito que aguardou, no domingo passado, pelos resultados eleitorais.
Aquilo que o fez ir de apresentar-se à corrida na semana anterior («Quando aparecerem eleições internas, apresentar-me-ei a essas eleições. Não sou de virar a cara») a recuar dramaticamente na noite de dia 1 («Farei a minha reflexão sobre as condições em que poderei ou não manter-me em disputa interna num mandato que terá eleições legislativas») tem explicação.
Na sede nacional do partido, na São Caetano à Lapa, problemas informáticos e burocráticos levaram a que Pedro Passos Coelho discursasse (pouco depois das 23h00) com uma noção dos resultados autárquicos bem distante da realidade, isto é, da contagem final que seria somente finalizada já de madrugada.
Passos sobrevoou o tema no Conselho Nacional, dois dias depois, em que anunciou que o resultado da sua reflexão era não recandidatar-se a líder. O resultado era «pesado».
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