Marques Mendes defende que o PSD deve ser "um partido mais ao centro" e com maior sensibilidade social.
O ex-líder do partido considera que "é um disparate monumental deixar o centro para o PS", porque "é aí que se ganham eleições".
No seu comentário na SIC, Mendes defendeu ainda que o partido deve corrigir "a falta de sensibilidade social", que classificou como "um dos maiores défices dos últimos anos".
Marques Mendes considerou que, na disputa interna pela liderança, Rui Rio tem "algumas vantagens", porque tem "uma boa imagem, de político sério, rigoroso e responsável". Pode ainda ser beneficiado por não estar ligado "aos últimos seis anos do PSD".
Não deixou, porém, de aconselhar o ex-autarca do Porto a "desfazer" a ideia de que vai bater-se pelo Bloco Central. Para o comentador, Rio deve, na apresentação da candidatura, deixar claro que é candidato para ser primeiro-ministro e não número dois de António Costa.
Em relação à possível candidatura de Santana Lopes, Marques Mendes afirmou que é "uma jogada de alto risco". O comentador garantiu que Santana está "inclinado a avançar".
A saída de Passos Coelho da liderança era inevitável e foi "a decisão certa", disse Marques Mendes, considerando que o ainda presidente do partido "não foi um bom líder da oposição", mas foi um bom primeiro-ministro num tempo muito difícil".