Institucionalmente despercebido. Foi como passou o 11.º congresso dos juízes portugueses, realizado nos últimos dias, na Figueira da Foz.
Nem a presidência da República nem o governo liderado por António Costa se fizeram representar na sessão de encerramento, este fim de semana, e isso fez-se notar. “O poder político desconsidera o judicial”, disse Manuela Paupériom presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, a ASJP.
Marcelo Rebelo de Sousa já faltara à sessão de abertura, na passada quinta-feira, não enviando de igual modo qualquer representante do Palácio de Belém. O governo, todavia, fez-se aí representar pela secretaria de Estado da Justiça, embora a ausência da ministra da pasta, Francisca Van Dunem, também tenha sido notada. No encerramento, nem Costa nem Marcelo, ambos convidados, estiveram presentes.
No encerramento de outro congresso, o dos Farmacêuticos, em Lisboa, Marcelo justificou a sua ausência, constatando que o “Presidente da República não tem o dom da ubiquidade”. Dito de outro modo: que ao contrário do que possa parecer, Rebelo de Sousa não consegue estar em todo o lado ao mesmo tempo.
O governo, até à hora do fecho desta edição, não justificou a sua ausência da sessão de encerramento do congresso dos juízes nem, por outro lado, a ausência do tal dom da ubiquidade”.