"Acho que é um direito constitucional do CDS" que "faz parte da normalidade do funcionamento das nossas instituições". Foi assim que António Costa falou quando questionado pelos jornalistas no final da reunião com os autarcas das áreas atingidas, em Oliveira do Hospital, sobre a moção de censura que o partido liderado por Assunção Cristas vai apresentar na Assembleia da República."A legitimidade do governo resulta da Assembleia da República, é perante a Assembleia da República que tem de responder", acrescentou o primeiro-ministro.
Sobre o pedido de desculpa aos portugueses, António Costa desviou-se da questão e afirmou que "temos de concentrarmo-nos em fazer o que é essencial", ou seja reconstruir os territórios afetados e dar resposta às necessidades imediatas das populações. "Agora há que arregaçar as mangas e reconstruir" afirmou o primeiro-ministro acrescentando que a reforma florestal aprovada no ano passado na Assembleia da República vai ser posta em ação e que, no Conselho de Ministros Extraordinário marcado para sábado, 21, o governo vai "transformar em medidas aquilo que a Comissão Técnica Independente apresentou" no relatório sobre Pedrógão Grande.
Sobre os danos causados pelos incêndios, Costa diz não ter ainda um "levantamento rigoroso". O impacto que terá no défice do país é para o primeiro-ministro "um problema que não se coloca, não vale a pena criar problemas onde não existem", afirmou. António Costa destacou o esforço que está a ser feito pelos autarcas e pelas entidades para o restabelecimento dos serviços necessários às populações afetadas o mais rapidamente possível.