Costa começou por afirmar que esta reunião foi realizada para "reparar as responsabilidades que o Estado tem para com as famílias afetadas pelos incêndios", e que foi possível chegar a um acordo com as mesmas, ainda que as vidas de todas as pessoas que morreram nos incêndios, tanto em Pedrógão Grande como no último fim de semana, não sejam recuperáveis.
"O Estado ao reconhecer a sua responsabilidade, honra a memória dos que perderam a vida", sublinhou o primeiro-ministro.
"Segunda palavra: determinação na reconstrução no que foi destruído, 500 habitações e 300 empresas destruídas. Esta palavra tem a ver com o tornar o nosso território mais resistente.", adiantou ainda Costa, enquanto se referia às perdas que as pessoas tiveram nos incêndios, afirmando ainda que muitos agricultores estão agora com a vida dificultada.
António Costa fez questão de referir que este Conselho de Ministros serviu para apreciar "longamente" o relatório da Comissão Técnica Independente, criada para estudar o "nosso modelo de prevenção e combate aos incêndios". "Desse relatório e da exeriência deste verão, nada podia ficar como antes e é necessário fazer uma reforma profunda, mas sem roturas.
O primeiro-ministro falou ainda no reforço das forças armadas, que farão e terão um papel particularmente significativo nesta prevenção.
António Costa terminou o discurso, garantindo que percebe bem a urgência de todas estas medidas e a 'revolta' sentida.
"Percebo bem a urgência que todos sentimos, e compreendo a revolta". "Iremos agora dar execução aquilo que decidimos hoje, de forma a que o país possa encontrar respostas em todas estas dimensões" que foram apresentadas ao longo de todo o dia.
No final, Costa foi questionado sobre o seu lado emocional em relação a toda esta questão, e afirmou que "cada um de nós vive as emoções de um modo próprio. Quem é primeiro-ministro deve procurar diferenciar as emoções que sente enquanto pessoa, das suas funções. Admito que tenho errado na forma como contive essas emoções", frisou António Costa, no final.