Mário Centeno foi questionado pelas bancadas do PSD e do CDS sobre a posição do governo na decisão de manter Jeroen Dijsselbloem à frente do Eurogrupo depois das polémicas declarações sobre os países do sul da Europa.
António Leitão Amaro, pelo PSD, e Cecília Meireles, pelo CDS, confrontaram o ministro das Finanças com a decisão "unânime" de que Dijsselbloom se mantivesse à frente do Eurogrupo, durante a discussão na especialidade do Orçamento de Estado para 2018.
A resposta de Mário Centeno foi direta: "na reunião não houve nem nenhum apoio nem nenhuma votação, houve uma definição de um calendário para eleger um novo presidente". O ministro das Finanças explica que "o governo português considera que o ainda presidente do Eurogrupo deveria ter saído quando fez as declarações que fez", no entanto "não foi essa a posição da maioria dos membros do Eurogrupo".
Dijsselbloem afirmou em março que os países do sul podem gastar o dinheiro emprestado pelos países do norte "em bebida e mulheres e depois disso ir pedir a vossa ajuda", o que levou António Costa a exigir publicamente a demissão do então ministro das Finanças holandês.