Novo dia, nova onda de protestos e queixas no mundo muçulmano contra o reconhecimento americano de Jerusalém como a capital de Israel. Este domingo, uma multidão concentrada em frente à embaixada dos Estados Unidos, em Beirute, envolveu-se em confrontos com as forças de segurança libanesas e acabou dispersada com gás lacrimogéneo.
Segundo os órgãos de comunicação libaneses, citados pela BBC, a multidão de várias dezenas de pessoas tentou forçar entrada aos terrenos da embaixada, procurando, por exemplo, saltar as vedações de arame farpado. Os manifestantes, possivelmente da comunidade de refugiados palestinianos no país, empunhavam grandes bandeiras da Palestina.
Na Cisjordânia e Faixa de Gaza prosseguiam também este domingo os protestos pelo quarto dia consecutivo, embora, de acordo com a Reuters, menos intensos do que os que foram registados na sexta-feira, por exemplo. Em todo o caso, as vagas de críiticas do mundo árabe intensificaram-se ao longo do fim de semana.
A Liga Árabe, reunida ao longo da noite de sábado para este domingo no Cairo, e onde se incluem os aliados americanos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Jordânia, por exemplo, emitiu uma resolução criticando a decisão de Donald Trump e dizendo que o reconhecimento de Jerusalém retira os EUA do processo de paz no Médio Oriente.
A decisão, prossegue o comunicado, “aprofunda as tensões, atiça a fúria e ameaça mergulhar na região em mais violência e caos”. Além das críticas aos Estados Unidos, a Liga Árabe pediu também esta madrugada por uma sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas para que a decisão de Trump possa ser internacionalmente condenada.