Marques Mendes avisa que a intenção da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa entrar no capital do Montepio pode “acabar mal para muita gente” e desencadear uma investigação judicial.
“Não é legítimo que o comprador dê 200 milhões por 10%. Se isto acontecer, os responsáveis da Misericórdia que tomarem essa decisão vão ser suspeitos de favorecer o Montepio e de gestão danosa e é quase inevitável um processo judicial. Deviam pensar nisto mais a sério”.
Marques Mendes defendeu que a Santa Casa não devia entrar no capital do Montepio, porque “é um negócio arriscado” e é “uma verdadeira aventura” aplicar “o dinheiro dos pobres” nos bancos.
O conselheiro de Estado estranha que um governo de esquerda autorize que “o dinheiro destinado aos pobres vá ser metido num banco com todos os riscos que existem”.