“O Conselho do BCE espera que as taxas de juro diretoras do BCE permaneçam nos níveis atuais durante um período alargado e muito para além do horizonte das compras líquidas de ativos”, refere o BCE em comunicado.
Sobre o programa de estímulos, o banco central revelou que vai manter as compras mensais de dívida num montante de 30 mil milhões de euros até setembro, “ou mais tarde, se necessário”.
O objetivo do banco central é que se verifique um aumento sustentado da inflação para o objetivo de perto mas abaixo de 2%.
No entanto, o BCE alerta que "se as perspetivas passarem a ser menos favoráveis ou se as condições financeiras deixarem de ser consistentes com uma evolução no sentido de um ajustamento sustentado da trajetória de inflação, o Conselho do BCE está preparado para proceder a um aumento do programa de compra de ativos (asset purchase programme – APP) em termos de dimensão e/ou duração".
Em conferência de imprensa após o Conselho, o presidente do BCE afirmou que "com base nos dados existentes atualmente, vejo muito poucas hipóteses de as taxas de juro serem aumentadas de alguma forma este ano".
De acordo com Mario Draghi, a “informação confirma uma expansão económica a um ritmo robusto, que acelerou mais do que o esperado na segunda metade de 2017”. Mas a retirada ainda está fora da discussão.
Sobre a recente valorização do euro, afirmou que a “recente volatilidade na taxa de câmbio representa uma fonte de incerteza que requer uma monitorização face às possíveis implicações nas perspetivas de médio prazo para a estabilidade dos preços”.