Luís Patrão, o homem forte socialista e de confiança de quase todos os primeiros-ministros do PS foi nomeado, em junho do ano passado, administrador não executivo da ANA. A sua escolha foi justificada pelo peso que o turismo tem na atividade da empresa, detida pela Vinci desde que os franceses ganharam a operação de privatização.
Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, passou pela presidência do Turismo de Portugal, entre 2006 e 2011, o organismo que agregou três entidades distintas (Turismo de Portugal, Direção Geral do Turismo e Inspeção de Jogos).
Foi também membro da administração da Enatur – Pousadas de Portugal e membro do conselho geral e de supervisão da TAP entre 2006 e 2015.
Entre 2005 e 2006, foi chefe de gabinete do então primeiro-ministro, José Sócrates. Foi, aliás, pela sua mão que Sócrates aderiu ao PS depois de abandonar a militância do PSD, ainda na sua juventude.
Foi também secretário de Estado da Administração Interna entre 1999 e 2000, quando era António Guterres o chefe do Governo.
Em 2015, António Costa fê-lo regressar aos corredores do Rato, como diretor-geral do partido.
Na opinião de Jorge Coelho, Patrão é um dos grandes ‘homens do aparelho’ socialista, que ajudou a modernizar. «António Costa tem a segurança de saber que tem ali alguém a tratar do backoffice com a certeza de que tudo corre bem», referiu, na altura, o ex-ministro das Obras Públicas.
Já Luís Patrão encarou o seu regresso ao PS como uma espécie de missão. «O partido não é apenas uma instituição. É uma máquina de disputa eleitoral e o desafio é transformar e melhorar a eficiência da máquina».
Desde Junho de 2017, acumula o cargo com o de administrador não executivo da ANA, nomeado pelos franceses da Vinci.