O facto de Assunção ter feito o contrário, quando eleita líder do CDS, foi notado pela direção do partido centrista. Em março de 2016, quando a ex-ministra da Agricultura sucedeu a Paulo Portas, o seu primeiro encontro foi com a liderança do PSD. Antes de reunir com o primeiro-ministro Costa, agendou encontro com Pedro Passos Coelho, que fora seu chefe de governo.
Agora, Rio fez precisamente o oposto. Primeiro agendou e esteve com Costa; depois agendou (e ainda não esteve) com a presidente do CDS, que antes considerou como “parceiro natural”.
Cristas tem insistido que aquilo que conta é “quem tem uma maioria no parlamento” (116 deputados): ou a direita ou a esquerda. Rio, por outro lado, diz que o conta é quem ficar “em primeiro” lugar e já fala em acordos com o PS. Ao i, fonte da direção do CDS “não dramatiza” a diferença de prioridades. “Nada afastará Assunção do seu caminho autónomo”.
Hoje, Carlos César afirma à “Visão” que o PS não “viabilizará um governo do PSD” em 2019, dando a entender a Rui Rio que também ele deveria apostar num caminho autónomo. Mas do PS.