Mais de metade das mulheres portuguesas (54%) manifesta o desejo de iniciar um negócio o seu negócio independente e 43% afirma que gostaria de abrir um negócio próprio. Contudo, apenas 17% das portuguesas refere que o vai fazer, num futuro próximo.
As conclusões são de um estudo desenvolvido pela Metro, em 10 países.
Os principais motivos que movem esse desejo são, para as mulheres inquiridas, a sensação de satisfação por ter um negócio criado por iniciativa própria (33%) e a ideia de serem os seus próprios chefes (33%). Apenas 6% das mulheres manifesta vontade de abrir um negócio com o objetivo de enriquecer.
Para as mulheres portuguesas, as barreiras à criação de negócios próprios são a falta de apoio financeiro (56%), a situação económica que o país atravessa (53%) e a burocracia (43%), seguidos da existência de muitas taxas e impostos (36%) e a falta de aconselhamento (16%).
Ainda assim, 17% das mulheres portuguesas refere que provavelmente vai iniciar um negócio próprio, num futuro próximo, uma percentagem ligeiramente acima da média global (13%) e que coloca Portugal na 2.ª posição do ranking, apenas atrás da China com 21%.
Em Portugal, do total dos inquiridos, 83% afirma que deveriam existir programas governamentais que incentivem e apoiem as mulheres a criar negócios próprios. Por outro lado, apenas 8% afirma que é mais difícil para as mulheres ter sucesso num negócio próprio, a percentagem mais baixa dos 10 países presentes no estudo.
Países em estudo
A METRO entrevistou 10 mil pessoas em Portugal, Alemanha, França, Holanda, Itália, República Checa, Roménia, Turquia, Rússia e China.
De acordo com o estudo, nos 10 países, uma em cada duas mulheres manifesta o desejo de iniciar o seu negócio próprio (45%), contudo apenas 12% acredita que vão realizar essa ambição.
É referido ainda que as mulheres enfrentam a nível global diferentes obstáculos ao iniciar um negócio, entre os quais a falta de apoio financeiro (49%), a situação económica em geral do seu país de origem (43%), carga tributária (29%), bem como a burocracia (28%) e falta de informação e conselhos (16%).
A nível global, as mulheres empresárias ainda enfrentam, atualmente, diversos desafios na sua vida profissional, entre os quais os estereótipos profundamente enraizados. Mais de metade (56%) das mesmas, teme poderem ser tratadas de forma injusta nos negócios. Metade das inquiridas (50%) afirma que existem ainda muitos estereótipos e que as mulheres são tratadas injustamente em relação aos homens, a um nível global.