O Conselho das Finanças Públicas (CFP), instituição liderada por Teodora Cardoso, estima que o défice orçamental de 2017 tenha ascendido a 1,0% do PIB. A informação divulgada no relatório “Finanças Públicas: Situação e Condicionantes 2018-2022”, que apresenta projecções macro-orçamentais para o período em causa.
A previsão divulgada pelo CFP é mais optimista do que a do Governo. António Costa disse, na quinta-feira, numa sessão no Parlamento Europeu, em Bruxelas, que o défice de 2017 foi de 1,1%.
Contudo, a instituição refere que o défice previsto (de 1,0%) não inclui o eventual impacto da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos nas contas públicas.
Para os próximos quatro anos, “o CFP projecta uma continuação do crescimento da economia portuguesa, ainda que em desaceleração, bem como uma evolução favorável das contas públicas”.
No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB) para 2018, a instituição prevê um crescimento de 2,2%, o que permitirá que ultrapasse, finalmente, o nível de 2007. Para os anos seguintes, o CFP estima uma continuação do abrandamento do ritmo, com um PIB de 1,9% em 2019 e uma estabilização em torno dos 1,7% de 2020 em diante.