Feliciano Barreiras Duarte já não é secretário-geral do PSD. O deputado comunicou a decisão "irrevogável" a Rui Rio e deixa assim vago o cargo para o qual tinha sido nomeado em janeiro. As polémicas em torno do seu currículo acabaram por não lhe deixar margem de manobra para continuar no cargo.
Falando em "violência inusitada dos ataques" e tendo em conta os efeitos negativos que a questão tem tido na sua família, Barreiras Duarte diz que apresentou "o seu pedido irrevogável de demissão" a Rui Rio – demissão "tão irrevogável que já está concretizada".
"Estou no combate político desde os meus tempos de estudante, sei que o combate político é duro, mas não vale tudo", diz o deputado social-democrata no seu comunicado de dez pontos datado de ontem.
"Conversei com o Dr. Rui Rio e manifestei-lhe a minha vontade de deixar o cargo de secretário-geral do PSD, tendo em conta os ataques de que estava a ser alvo e os efeitos desses ataques no seio da minha família; o Dr. Rui Rio manifestou-me o seu apoio e solidariedade, tendo compreendido e aceite todos os meus argumentos", explica Barreiras Duarte.
"Ao mesmo tempo, tenho perfeita consciência, como qualquer observador minimamente atento, de que não sou eu o alvo, mas sim o líder do meu partido e a sua direção; por isso, ficaria seria avolumar o problema e não contribuir nada para a solução", acrescenta.