A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai encerrar entre 70 e 80 balcões este ano, segundo o presidente do banco público. O plano de redução de custos implica avançar com mais de 500 rescisões,
"Será entre 70 e 80, em 2018. Está no plano. Não há nenhuma alteração", afirmou Paulo Macedo, em declarações ao ECO e à TVI24, defendendo que “é um número semelhante ao do ano anterior”.
O presidente da CGD não disse quais os balcões em causa, mas explicou quais os critérios utilizados para escolher os que vão fechar.
"Os critérios são os da rendibilidade negativa, em segundo lugar, da proximidade e da localização de outros bancos, a distância do banco mais próximo da Caixa, e qual é a oferta existente. E um critério adicional que é a Caixa ter uma oferta junto das universidades, um mercado que queremos continuar a manter e onde temos um maior investimento", referiu Paulo Macedo.
Sobre a redução do número de trabalhadores, o antigo ministro da Saúde confirmou que o número será superior ao de 2017. "No ano passado tivemos cerca de 500 e pouco e, este ano, vamos ter um pouco mais", disse.
Contudo, Paulo Macedo desvalorizou a questão da redução de trabalhadores, notando que o plano de rescisões a quatro anos implica um menor número de saídas do que as anunciadas por outros bancos e garantindo que, no ano passado, o número de pessoas que se candidataram para sair da Caixa foi superior ao objectivo traçado.
O plano de rescisões previsto para 2018 tem como objectivo reduzir o número de trabalhadores em 571, para 7.750, na atividade nacional.
Para quem fica, Paulo Macedo afirmou haver a possibilidade de aumentos salariais. "Há abertura para haver aumentos salariais. Inclusivamente já descongelamos parte das carreiras", assegurou o presidente da CGD, adiantando que já foram promovidas "mais de 2200 pessoas".