Luís Montenegro, ex-presidente da bancada do PSD, terminou hoje o seu mandato enquanto deputado. Depois de ter anunciado durante o Congresso social-democrata que iria abandonar a vida parlamentar, Montenegro cessou durante o debate quinzenal.
“Saio sem deixar nenhuma inimizade mesmo em todos aqueles que desenvolvem as suas funções noutras bancadas”, disse o deputado do PSD antes de começar o debate. “Vou de consciência tranquila por ter dado aquilo que sabia, o melhor que sabia e por ter encontrado em todos os deputados um esforço grande” para cumprir o que o país precisa.
Montenegro deixou ainda dois pedidos às bancadas parlamentares: para que continuem com a “vivacidade dos debates a expor os seus pontos de vista”, que não percam “o foco naquilo que é hoje uma exigência na preservação da democracia” e que “resistam ao populismo”. “Levo comigo a convicção que o populismo é o pai da mediocridade e a mediocridade é a mãe da pobreza”, acrescentou.
Nuno Magalhães, líder da bancada do CDS, Montenegro deixou uma palavra especial depois de terem partilhado “o único governo de coligação que desde o 25 de Abril conseguiu durar uma legislação inteira”. Magalhães afirmou ainda que “foi um privilégio” trabalhar – “muitas vezes convergentemente, mas algumas vezes com divergências”. “Permitam-me desmentir uma frase feita: que na política não há amigos. É mentira e os amigos podem ser de partidos diferentes”, acrescentou.
Ferro Rodrigues deixou “em nome da Assembleia da República” um desejo de “todas as felicidades para a sua vida política e profissional”. Fernando Negrão aproveitou a intervenção do PSD para deixar uma palavra de despedida a Luís Montenegro.