O ultranacionalista sérvio Vojislav Seselj foi condenado esta quarta-feira por um tribunal da ONU a dez anos de prisão pelos crimes contra a Humanidade durante os conflitos nos Balcãs. Esta pena está coberta pelo tempo que Seselj já esteve detido.
Em 2016, Seselj tinha sido absolvido das acusações de crimes de guerra e contra a Humanidade, que ocorreram durante as guerras na ex-Jugoslávia, nos anos 1990. Agora, o Mecanismo para os Tribunais Penais Internacionais, estrutura judicial que veio substituir Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia (TPIJ, extinto em 2017) composta por cinco juízes (incluindo o juiz português Ivo Rosa), reverteu esta decisão e condenou-o a uma pena de 10 anos de prisão.
No entanto, em fevereiro de 2003, Seselj apresentou-se voluntariamente na sede do TPIJ, em Haia, e acabou por ser detido, tendo cumprido 12 anos de prisão. Este período de detenção cobre a pena de prisão a que foi hoje condenado.
Hoje, com 63 anos, continua a liderar o Partido Radical Sérvio, que, em 2016, elegeu 22 dos 250 lugares de deputados no parlamento.