O secretário-geral do PCP criticou a falta de aplicação da segunda fase das medidas sobre as longas carreiras contributivas que "já tem um atraso de seis meses".
"Para manter o nível de sustentabilidade atual da Segurança Social (SS), isso implicaria no prazo máximo de dois anos agravar em 5% as contribuições para a SS", respondeu António Costa acrescentando que "não há condições para agravar as contribuições" e "seria um erro da esquerda agravar o que temos vindo a fazer". No entanto o primeiro-ministro garantiu que ainda este ano o processo irá avançar, reforçando que já 12 mil pessoas foram beneficiadas.
Sobre a precariedade, "os dados que nos chegam são preocupantes", disse Jerónimo denunciando que as entidades públicas recusam admitir que existe precariedade. Costa recusou que o PREVPAP esteja atrasado e anunciou que já existem 11585 pareceres favoráveis. "É um processo que está a andar, é complexo como sabe, e estamos convencidos que até ao fim do ano estará concluído", garantiu.
"Há quantos anos nós ouvimos sistematicamente os governos a dizer 'agora é que é' e nunca foi", disse Jerónimo de Sousa como justificação da desconfiança.
O secretário-geral do PCP voltou ainda ao tema do interior do país para defender que é preciso investir de forma completa no interior. "O problema é saber se vamos lá com medidas avulsas mesmo positivas", diz Jerónimo lembrando que a Comissão Europeia vai cortar "onde doi mais", ou seja no investimento à coesão territorial. Costa recordou a intervenção inicial onde enunciou um conjunto de medidas apresentadas pelo governo para a coesão do interior, recusando a ideia de que são "medidas avulsas". "Eu não tenho a visão qeu o interior se possa defender aldeia a aldeia", acrescentou que é preciso conseguir dinamizar as regiões com base nas cidades.
"Só atraindo e fixando emprego, atraímos e fixamos pessoas", acrescentou.