O secretário-geral do PS entrou para o pavilhão da Batalha ao som de “À Minha Maneira”, tal como tinha acontecido no discurso de sexta-feira, mas desta vez, o discurso do primeiro-ministro focou-se nas gerações jovens entre os 20 e os 30 anos.
António Costa frisou que vai ajudar os jovens emigrados que queiram regressar a Portugal: “Não podemos ignorar que na crise que o país atravessou, entre 2010 e 2015, tivemos um fluxo migratório como não tínhamos desde a década de 60. Temos de criar condições para quem quer voltar.”
Costa disse mesmo que, do próximo orçamento do Estado, uma das principais medidas será o fomento do regresso daqueles que partiram para o estrangeiro.
O primeiro-ministro falou também da educação, considerando “a base do nosso crescimento”. “É evidente que depois de anos tão traumáticos de crise, o número que as pessoas mais fixam é o do défice mais baixo da nossa democracia, mas o número que mais me orgulha é o de outro défice: a taxa de abandono escolar, que baixou para os 12,6%”.
“O discurso que foi feito de que havia licenciados a mais e não vali a apena estudar era um discurso que levava ao fracasso”, acrescentou.
Costa deixou ainda, em tom de brincadeira, um aviso às gerações mais jovens: “Aviso já que não meti os papéis para a reforma”.
Sobre a habitação, Costa referiu que “não podemos ter uma nova geração condenada ao endividamento para ter acesso à habitação”. “O mercado deixado livre e solto não promove o acesso, promove a segregação”, referiu.
“Já não sei bem a quantos congressos socialistas vim, mas há uma coisa que sei: parto sempre com muitas saudades. Este é um momento único”.