O PCP não gostou de ver o Partido Socialista a recolher os louros por todos os sucessos da atual solução governativa. No final do conclave socialista, Carlos Gonçalves, membro do Comité Central do partido, criticou duramente o PS, afirmando que os "avanços e conquistas não se devem tanto ao PS, mas muito mais à luta dos trabalhadores e do povo e, seguramente, à intervenção e à proposta do PCP".
O comunista falou ainda do futuro pós-legislativas de 2019, desafiando o PS. "O PS, com maioria absoluta, estará disponível, de facto e não na propaganda, para discutir com o PCP coisas sérias?", desafiou. Para o comunista, os socialistas continuam "amarrados" às imposições da União Europeia, nomeadamente ao Tratado Orçamental.
Também Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, não perdeu a oportunidade de criticar o PS num convívio em Portalegre. "O atual governo minoritário do PS com o apoio do PSD e CDS resiste à sua alteração", disse referindo-se à alteração do Código de Trabalho. O secretário-geral fez ainda o contraste entre as "declarações convictas, cheias de força de socialistas e de Esquerda" dos dirigentes socialista e a aliança em questões estruturais entre o PS e PSD e CDS. "O PS junta os trapinhos com o PSD e o CDS para derrotar aquilo que devia estar consagrado na lei", acusou.