Não foi desta que Francisco Assis, que se opôs à geringonça desde o primeiro dia, vai voltar à Comissão Política do PS. Apesar de ter sido convidado para integrar o órgão de direção mais alargado dos socialistas, Assis recusou o convite de António Costa.
O eurodeputado foi sondado ainda durante o congresso da Batalha. Reuniu alguns dos seus próximos e a maioria até defendia que Francisco Assis, desta vez, aceitasse ir para a Comissão Política. Do grupo mais próximo de Assis, ficam na Comissão Política Álvaro Beleza e Jorge Seguro Sanches, atual secretário de Estado da Energia.
Quem defendeu que Assis deveria manter-se fora dos órgãos nacionais foi o antigo deputado Ricardo Gonçalves, que também pertence ao círculo próximo de Francisco Assis. Basicamente, a ideia que presidiu à recusa é que uma aceitação por parte do eurodeputado não deveria passar sem um acordo claro com Costa. Ou seja, se aceitasse agora integrar a Comissão Política Nacional, Assis poderia ser olhado como “mais um antigo adversário que Costa meteu no bolso”, ainda por cima quando se aproximam as eleições para o Parlamento Europeu e Assis já declarou que, afinal, é falsa a ideia de que não quer continuar em Estrasburgo.
A Comissão Nacional do PS estava reunida à hora do fecho desta edição e iria eleger o novo secretariado nacional, agora cheio dos possíveis futuros sucessores de Costa – e a Comissão Permanente dirigida por Ana Catarina Mendes.