Mas tal como Eder em 2016, e muitas vezes na História do Futebol Mundial, os patinhos feios transformam se em estrelas cintilantes. Mas, mas,caro leitor, o nosso E.T. Eternizou se novamente! O nome mais falado em Espanha nas últimas semanas, o homem que monopoliza todos os debates, tremem no Real Madrid, nem respiram… CRISTIANOOOO
Para os mais puritanos do jogo em posse e controlo do jogo com bola, já dizia o eterno Johan Cruyff “ só há uma bola e se a tivermos o adversário não joga” este jogo foi uma demonstração clara, para os mais apaixonados pelo lado estratégico, Portugal fez 45 minutos inteligentes, explorando as debilidades de Espanha sem bola e aproveitando fortes momentos de transição rápida.
Portugal não surpreendeu no seu desenho táctico, um 4x4x2 mais recuado no momento defensivo tentando condicionar a partir do momento que a bola entrava em Busquets, criando um bloco que defendia em 40 metros, o plano estava desenhado, deixar a Espanha ter bola em zonas recuadas, fechar o corredor central com os apoios de Fernandes e Bernardo Silva e pressionar forte entre linhas forçando um erro ou uma má recepção para recuperar e sair rápido no espaço do Cristiano e na aceleração de Guedes.
Com bola a ideia era executar rápido e em 2/3 passes atrair para os corredores laterais e forçar o 1×1, mas tudo mudou cedo demais… Depois de uma entrada arrasadora com o primeiro golo Portugal suspirou, relaxou e baixou os níveis de “ agressividade” na pressão deu vida e confiança a uma ideia de jogo Espanhola sempre focada em ataque posicional, com muita mobilidade por dentro e acelerando e “destruindo” o corredor direito de Portugal, fazendo constantemente superioridade numérica sobre Cédric e Bernardo Silva ( como se imaginava, quase sempre um segundo lateral neste jogo.. pena!)
Portugal pode e deve fazer mais no seu processo em organização ofensiva com bola, claro que do outro lado estão dos melhores do mundo.. e é bom não esquecer que Portugal sob o ponto vista estratégico e plano de jogo táctico é das melhores Seleções do Mundo hoje em dia, em 2016 ficou provado, mas precisamos de um grande William ( lento a reagir e na primeira pressão) e de uma rápida recuperação do Adrien para pressionarmos mais forte e mais subidos, atacar e desorganizar o adversário com bola e manter níveis de equilíbrio e intensidade sem bola.
Foi um grande espetáculo do ponto de vista dos golos e das reviravoltas, mas para os treinadores fica a certeza e a lição, há um “mundo” pela frente se quiserem chegar ao trono! Mas todos acreditamos Engenheiro.
Na batalha de Aljubarrota estávamos em notória inferioridade numérica e ganhamos, hoje o nosso Cristi Rei quase que os enganava outra vez…
E amanhã Messi Quo Vadis??