O PS só viabilizou três dos nove projetos dos parceiros da esquerda no quadro das alterações legislativas laborais: dois do Bloco e um do PCP. Seis projetos da esquerda foram chumbados.
Na lista de medidas aprovadas esta sexta-feira no Parlamento estão duas propostas, uma do PCP e outra do Bloco, sobre as regras de contratação a termo. Os bloquistas, por exemplo, propõem a redução substancial do universo de empresas que podem prosseguir no registo de contratos a termos: têm de ter menos de 10 funcionários e a medida só se é viável quando abrem um novo espaço. No acordo assinado com os patrões e a UGT, a regra acordada serve para um universo substancialmente maior de empresas:250 trabalhadores.
Os socialistas deixaram de fora o aumento de período de férias para 25 dias e a revisão dos valores das indemnizações, impostas no tempo da troika. Todos os requerimentos para adiar a votação até ao próximo dia 18 ou a baixar à especialidade foram aprovados.
O Governo sempre defendeu que a votação deveria ser feita até às férias parlamentares e acabou por retirar algum espaço de manobra aos socialistas que pretendiam uma maior "concertação parlamentar" à esquerda.