Manuel Pinho chegou ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) com meia hora de atraso e em silêncio. O ex-ministro responde sobre os valores provenientes da Espírito Santo Enterprises – do grupo Espírito Santo – que recebeu enquanto ministro da Economia e sobre as decisões tomadas relativamente à EDP.
Na offshore que Pinho tinha sediada no Panamá, chamada Tartaruga Foudation, foram encontrados 1 milhão de euros provenientes do saco azul do GES entre 2006 e 2012, 500 mil foram entregues enquanto era estava à frente da pasta da Economia.
Já no caso EDP, o ex-ministro está beneficiado a empresa de energia em cerca de 1,2 mil milhões de euros ao tomar decisões em termos de legislação de produção e venda de eletricidade.
Os magistrados consideram que a justificação destes pagamentos é clara e pretende “beneficiar esses grupos empresariais [Banco Espírito Santo/Grupo Espírito Santo] e a EDP (do qual o BES era acionista durante o tempo que exerceu tais funções públicas”.
Para além do interrogatório do Ministério Público, Pinho irá também ser hoje ouvido na comissão de Economia às 15h.