Portugal assumirá no próximo biénio o Secretariado Executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, tendo sido o embaixador Francisco Ribeiro Telles eleito secretário executivo da CPLP para um mandato de dois anos, com início em 2019.
Segundo a sucessão neste cargo, que decorre normalmente por ordem alfabética, caberia a Portugal assumir o lugar no biénio 2017-2018. Contudo, a escolha da personalidade que iria suceder ao moçambicano Murade Murargy, em 2017-2018 no secretariado executivo da CPLP, causou mal-estar na comunidade. Posto isto, durante uma reunião dos chefes da diplomacia da CPLP em Lisboa, em março de 2016, o governo português cedeu a vez a São Tomé e Príncipe – o país que se seguiria a Portugal -, ficando desde logo acordado que aquele país africano abdicaria de renovar o mandato, como tradicionalmente acontece.
Já a próxima presidência rotativa da CPLP vai ser assumida por Angola a partir de 2020, anunciou o presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca. A decisão foi tomada por unanimidade pelos chefes de Estado e de governo do clube lusófono, incluindo Marcelo e António Costa, reunidos em Cabo Verde na 12.ª cimeira.
A eleição de Angola parece não ter agradado a todos. Segundo o jornal “Público”, Teodoro Obiang, presidente da Guiné Equatorial desde 1979, desapareceu depois da decisão ter sido anunciada e já não participou sequer na sessão plenária que deu posse ao novo secretário-geral da CPLP. Fontes diplomáticas acreditam que o ditador africano deixou Cabo Verde, refere o mesmo jornal. A Guiné Equatorial tinha anunciado em maio que queria ter a presidência rotativa.